Cresce a participação de cafés asiáticos no mercado global
Análise da Ufla aponta que em um período de dez anos a produção total de café no continente apresentou crescimento de 56,1%.
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Dados sobre a participação dos cafés asiáticos no mercado global chamaram a atenção no último relatório do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), divulgado em dezembro de 2015. O grupo analisou dados da cafeicultura asiática para o projeto Campo Futuro, desenvolvido em parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Inteligência em Mercados (CIM).
Os números revelaram que em dez anos, entre as safras 2004/2005 e 2013/2014 a produção total de café no continente apresentou crescimento de 56,1%, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Como comparação, no mesmo período a produção mundial teve um aumento de 25,4%. De acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre 2005 e 2014 a produção brasileira teve elevação de 37,6%. No período, a produção de café arábica na Ásia cresceu 46,7%, mas seu volume total é baixo em comparação com a oferta total desse tipo de grão, informa o texto do Bureau.
O destaque asiático é na produção da espécie robusta, que cresceu 57,3% e chegou a 43,1 milhões de sacas na safra 2013/2014. No arábica o continente teria produzido apenas 4,5 milhões de sacas, volume semelhante ao colhido por Honduras na mesma safra. O Bureau destaca que os três maiores produtores asiáticos de café são Vietnã, Indonésia e Índia. “No entanto, a análise do desempenho individual mostra que Índia e Indonésia cresceram pouco no período, 10,4% e 12,4% respectivamente, enquanto o Vietnã foi o principal responsável pela ampliação da oferta de cafés da Ásia ao dobrar sua produção (105,7%). Em 2013/2014 o Vietnã colheu 1,2 milhões de sacas de café arábica e 28,6 milhões de robusta”.
Por fim, o Bureau também situa a China como país com potencial para se tornar um grande produtor de café no cenário mundial. “No país, a cafeicultura está concentrada na província de Yunnan. Os dados disponíveis indicam que a área cultivada teria chegado a 125 mil hectares e as autoridades estimam que chegue a 167 mil em 2020. Dados da FAO, referentes à 2013, mostram uma produção de 1,95 milhão de sacas. As autoridades esperam que em 2020 sejam colhidas 4,1 milhões de sacas, o que já faria da China um dos maiores produtores de café do mundo. Ao contrário dos outros países do continente, em que predomina o cultivo de robusta, a cafeicultura chinesa cresce apoiada no café arábica”, relata o texto.
Confira, aqui, o conteúdo completo do último Relatório Internacional de Tendências Do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
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Equipe CaféPoint
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